Com o intuito de acompanhar a evolução dos processos instituídos no Hospital Estadual Ernestina Lopes Jaime (HEELJ), em Pirenópolis, a Organização Nacional de Acreditação (ONA) enviou três profissionais que visitaram os ambientes, avaliando in loco se os serviços ofertados à população continuam atendendo as normas internacionais de qualidade e segurança do paciente. Em conclusão, os técnicos da Instituição Acreditadora Credenciada, Instituto Qualisa de Gestão (IQG), emitiram parecer favorável pela manutenção do selo conquistado em maio de 2018 por mais um ano.

De acordo com Hondinelly Santana de Melo, diretor administrativo e financeiro do HEELJ, os avaliadores do IQG acompanharam as rotinas diárias de atendimento, abordaram os colaboradores sobre estes procedimentos e sua aplicabilidade, averiguando os conhecimentos da equipe e ainda, os pacientes assistidos, sobre o tratamento ofertado pelo HEELJ.

A visita ocorreu nos dias 23 e 24 de janeiro de 2019. “Há um ano fomos agraciados com o selo da certificação, isso já foi um reconhecimento. Agora, temos a comprovação de que todos os processos na Unidade são focados na segurança do paciente”, afirmou Hondinelly.

Vitória da população

Segundo Hondinelly, a manutenção do certificado de Acreditação representa um ganho extraordinário para a população da Região dos Pireneus, principalmente pelo fato do HEELJ ser uma Instituição Pública Estadual que está fora do contexto da região metropolitana de Goiânia. “O Hospital Ernestina, dos hospitais que já foram certificados, é o único do interior de Goiás, fora do eixo Goiânia-Anápolis, que possui o selo ONA 1”, pontuou o diretor.

Os principais ajustes realizados no HEELJ para obtenção do reconhecimento foram relacionados aos processos de trabalhos, principalmente com as equipes médicas, serviço de farmácia e enfermagem; além dos aspectos de identificação de riscos e mudanças para o foco na segurança do paciente. Como explica Hondinelly, a direção, os médicos e as equipes das diversas áreas da Unidade acompanharam com interesse as mudanças que ocorriam no Hospital. “Foram mudanças desde os pequenos detalhes, como a padronização de documentos, sinalização visual, entre outros; até mudanças grandiosas, como a implementação da política de cirurgia segura e de um serviço de educação permanente”, resumiu.

Auditoria

A visita aconteceu em dois dias com a presença de três avaliadores que visitaram os setores do Hospital. Segundo Karla Daiane da Silva, responsável pela Coordenação da Qualidade do HEELJ, “os visitantes foram em todas as áreas, coletando as evidências de todos os protocolos, dos prontuários e confirmando a qualidade do serviço prestado pelo HEELJ”.

Segundo dados do departamento da análise de qualidade, de 2015 a 2018, o HEELJ realizou 45.427 atendimentos no ambulatório e 44.280 atendimentos de emergência. Para Karla Daiane da Silva, que atua há cinco anos no Hospital, os números mostram os resultados de uma nova gestão. “Acompanhei a melhoria do Hospital, a contínua qualificação dos colaboradores, o aumento no número de profissionais e a garantia de um atendimento de excelência com segurança. Apesar de toda a rigorosidade e da forma como somos cobrados, estamos até ultrapassando as metas de atendimentos, consultas de ambulatório e de urgência”, relatou Karla Daiane.

Gestão compartilhada

Outro motivo para celebrar, é a parceria entre o estado de Goiás e o Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH) que se iniciou em setembro de 2014 na gestão do Hospital Ernestina. A gestão compartilhada foi a responsável pela transformação na estrutura física e na composição dos profissionais que fazem do HEELJ uma referência em toda região dos Pirineus.

Para o diretor geral do IBGH, Dr. Nasser Tannus, a Instituição se preocupa com o atendimento seguro. Por esse motivo, todas as Unidade geridas pela OS já estão no processo de acreditação. No caso do HEELJ, o trabalho com foco em resultados rendeu os frutos merecidos. “O Hospital foi acreditado no ano passado. Agora, passamos por uma reavaliação e fomos aprovados. Com isso, o HELLJ está no caminho para obter a certificação ONA de Acreditação Plena. Uma trajetória de constantes melhorias”, afirma o diretor.

A Acreditação plena é obtida por instituições que, além de atender aos critérios de segurança do paciente, também apresentam uma gestão integrada, com os processos ocorrendo de maneira fluida e com plena comunicação entre as atividades.

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