Houve um aumento considerável de casos de dengue em Pirenópolis. Doença é tem vírus transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti, mesmo vetor da zika, febre amarela e chikungunya. Para orientar as equipes assistenciais, médicos e enfermeiros do Hospital Estadual Ernestina Lopes Jaime (HEELJ) participaram de uma capacitação sobre a conduta e o manejo clínico dessa patologia. O evento ocorreu na última terça-feira, 29 de janeiro, no Cine Pireneus.
Foram abordados quais os tipos de dengue, quais os perfis dos pacientes, onde serão direcionados e conduzidos e a atualização do quadro agudo que a cidade está vivendo. Segundo Amanda Curado, coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar do HEELJ, a ação foi uma parceria com a regional Pireneus e também abordou, além do manejo clínico, a forma padrão de se realizar a notificação de casos de dengue.
“No município de Pirenópolis, tanto na parte hospitalar quanto da atenção básica, aumentaram muito os casos de notificação e casos confirmados de dengue. Por isso, a necessidade de fazer essa mobilização, para tratar melhor e de forma mais rápida”, pontuou a coordenadora.
Mais casos registrados em 2019
De acordo com o palestrante convidado, Dr. Marcelo Daher, infectologista, médico da Secretária Estadual de Saúde e experiente no atendimento de pacientes com doenças infecciosas, a dengue é uma doença grave. Ele alerta que ela está de volta e com mais força nesse início do ano de 2019. “Pirenópolis vem registrando um aumento no número de casos considerável. O importante é a população lembrar que a dengue só pode ser prevenida se o mosquito não proliferar”, resumiu.
Segundo Marcelo, as ações devem se voltar ao controle do vetor, ou seja, na eliminação dos focos de água parada. “Só assim, é possível diminuir a incidência da doença. Dengue não tem vacina e dengue pode matar. Então, pessoas com febre, dor no corpo e dor de cabeça devem procurar uma Unidade de saúde para terem certeza sobre o diagnóstico”, reforçou o infectologista.
Auxílio da Regional Pirineus
A capacitação contou também com a participação da enfermeira Larissa Rodrigues que atualmente trabalha na vigilância epidemiológica da regional Pirineus. “Procuramos aqui tirar dúvidas e expor o quadro atual que a cidade está passando. Na regional Pireneus há uma gama de estratégias, com pontos de apoio, para auxiliar o município”, afirmou Larissa.
Segundo o clínico do município, Dr. Renato Simoni Silveira, não apenas há casos na periferia, que possui maiores áreas propícias para a propagação do mosquito transmissor, mas também pelo centro da cidade. Ele disse que os quintais das casas são os principais locais de casos suspeitos comprovados de contaminação. “O quadro da dengue é um quadro viral, benigno, relativamente, de fácil tratamento. Porém em alguns casos, pode haver complicações. Por isso é importante a prevenção e não deixar água parada”, alertou.