No Centro de Atendimento Clínico Covid-19 zona sul de Macapá, aconteceu, na última sexta-feira, uma palestra que teve como tema a prevenção de doenças que atingem o sexo feminino.
Na última sexta-feira, dia 28 de maio, foram comemorados o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e o Dia Nacional pela Redução da Mortalidade Materna. As datas têm por objetivo chamar a atenção da sociedade sobre os inúmeros problemas de saúde comuns na vida das mulheres. Câncer de mama, endometriose, fibromialgia, depressão, obesidade, infecção urinária e doenças comuns na gravidez figuram entre alguns destes problemas.
No Centro de Atendimento Clínico Covid-19 zona sul de Macapá, na tarde da última sexta-feira, uma enfermeira da unidade, Valdinéia Dias, promoveu uma palestra alusiva à data, apenas para as mulheres que trabalham no hospital. Valdinéia discursou sobre as doenças que mais atingem as mulheres e também deu dicas de como preveni-las. A enfermeira também promoveu um momento de bate-papo entre as participantes. Ao final da palestra, panfletos informativos com dicas de prevenção foram entregues.
“Gostei muito da palestra, a Val mostrou para gente a importância de cuidar de nossa saúde. As vezes deixamos a desejar com nós mesmas, por conta do dia a dia, mas agora sim, vamos nos cuidar cada vez mais, para prevenir doenças futuras”, disse a auxiliar de limpeza Ana Alice.
Para Valdinéia, muitas mulheres deixam sua saúde em segundo plano, e a palestra vem para alertá-las sobre a importância de cuidar de si mesma. “Foi de suma importância a palestra, pois nela foram abordados vários temas indispensáveis sobre a saúde da mulher. Falamos sobre algumas doenças e como preveni-las. Muitas mulheres, em seu dia a dia, acabam esquecendo delas mesmas, então, com essa palestra, ligamos um sinal de alerta para as mulheres aqui da unidade a se cuidarem cada vez mais”, disse a enfermeira.
Saúde da mulher no Brasil
As mulheres representam mais da metade da população nacional, e, segundo dados do Ministério da Saúde, as principais usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS). Mesmo sendo maioria, a preocupação com temas que se referem ao sexo feminino é algo relativamente recente. A atenção à saúde da mulher, por exemplo, tem pouco mais de 3 décadas, em relação às políticas e protocolos na saúde pública.
Os cuidados com a saúde feminina, começaram a ter destaque e serem inseridos nas políticas nacionais de saúde nas primeiras décadas do século XX. Antes disso, o foco era quase exclusivo às questões relacionadas à maternidade. Por volta da década de 50 novas medidas começaram a ganhar proporção, como o combate à desnutrição e os cuidados com o planejamento familiar. Ao final da década de 70, começaram a ganhar espaço questões relacionadas ao assistencialismo materno-infantil.
Nos anos que se seguiram, foram inseridas nas políticas e protocolos da saúde pública temas como diretos sexuais e reprodutivos da mulher. Atualmente, a saúde da mulher é um tema de relevância na saúde pública, e, a cada dia, novos debates surgem, inclusive com temáticas sociais e políticas.