Jogo Terapia, como é chamada a ação, promove melhora na rotina hospitalar, e é instrumento de aproximação entre paciente e equipe multidisciplinar.

Para o paciente em tratamento das complicações causadas pela Covid-19, o isolamento proporciona sentimentos de incerteza e angústia. Impedidos de ter um contato mais próximo com parentes, colegas e amigos, muitos internados desenvolvem sintomas de ansiedade e até depressão.

Com isso em mente, a equipe de psicologia do Centro Covid-19 da zona sul de Macapá, criaram, no hospital, uma ação chamada de Jogo Terapia. Ao passo que o paciente apresenta melhora clínica, e após avaliação de um médico, que conclui que ele já não é mais transmissor do vírus, o paciente é convidado a participar de um jogo de dominó com a alguns dos colaboradores do hospital. A ação propõe a utilização do jogo como recurso terapêutico, que contribui com a melhora do internado durante a rotina de tratamento.

Um dos pacientes que, junto a equipe, participou da ação de Jogo Terapia, se chama Pedro Batista da Silva. Ele deu entrada no hospital apresentando um quadro clínico grave, sendo necessária sua internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde ficou 14 dias. Após a melhora clínica, e sua ida para a enfermaria, o paciente foi um dos convidados a participar da ação na última terça-feira, dia 8 de junho.

Pedro acredita que o projeto é uma forma de cuidado por parte da equipe. “Para mim o jogo é importante, distrai a nossa mente. Principalmente para mim que já estou aqui há muito tempo, estando em UTI e hoje na enfermaria. “, Pedro aproveita para agradecer a equipe. “A equipe está de parabéns por tudo, essa interação ajuda muito para cada um de nós, que passamos por aqui.”, finaliza.

Para a profissional Clisia Ribeiro, psicóloga da unidade, o Jogo Terapia proporciona uma melhora na rotina e na recuperação do paciente, além de ser um mecanismo para melhorar a interação entre paciente e profissional. “O jogo terapia, realizado com pacientes internados em tratamento da Covid-19, é uma ferramenta para o desenvolvimento e melhora do mesmo, trabalhando a capacidade de concentração e memoria, bem como a atenção. Uma forma de avaliar e distrair o paciente em processo de internação, fazendo com que o mesmo venha interagir com os colaboradores, se tornando colaborativo ao tratamento. “.

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