O Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH) deu início ao processo para desenvolvimento da cultura organizacional da Instituição. O foco do projeto é evidenciar a importância do papel dos colaboradores  na consecução de todos os processos de trabalho do Instituto, situando o IBGH e o colaborador dentro de todo esse sistema/processo de gestão em saúde.

Para isso, o projeto visa apresentar o SUS como um sistema de saúde de caráter universal e integral; os diferentes modelos de gerenciamento de unidades de saúde; o modelo de gerenciamento de unidades de saúde por meio de parcerias com o Terceiro Setor; o modelo e o conceito de Organização Social; os instrumentos jurídicos, de controle, monitoramento e avaliação dos contratos de gestão.

Os conteúdos e discussões ocorrerão quinzenalmente na sede do IBGH. Ao fim dos encontros haverá uma avaliação sobre o desenvolvimento e aplicação do projeto.

Diretor de planejamento do IBGH, Gilberto Torres destacou que a humanização administrativa surge no IBGH com base na humanização aplicada nas unidades de saúde geridas pelo Instituto. “É preciso que todo colaborador se sinta parte de um sistema voltado a salvar vidas”, resumiu.

Em sua palestra, Gilberto apresentou o histórico, as mudanças e inovações da saúde pública brasileira que culminaram com a criação do Sistema Único de Saúde. Abordou ainda as nuances e características do SUS, assim como as atualizações que têm ocorrido desde sua criação, em 1988.

 

Modelos de Gestão

A palestra seguinte abordou os Modelos de Gestão da Saúde, com o presidente do Conselho de Administração do IBGH, Egon Oliveira. Conforme a apresentação, o principal modelo de saúde pública é o de gestão direta, sustentado pelo Estado. “ Universalizar o acesso à saúde não é tarefa fácil, tanto o Estado quanto o Mercado possuem limitações que dificultam o atingimento desse objetivo”, disse, referindo-se aos mecanismos de gestão da saúde.

A melhor alternativa para o impasse, afirma Egon,  encontra-se na produção de parcerias entre o setor público e o privado e na potencialização do terceiro setor.  Esse último, inclusive, mostrou-se potencialmente adequado para atingimento de uma série de objetivos em relação a expansão dos serviços públicos de saúde, afirma o especialista.

A atuação do terceiro setor na saúde pública pode ser feita de diversas maneiras, seja com a filantropia, as OSCIPS, fundações, autarquias e associações. Mas, o modelo mais utilizado no Brasil atualmente  tem sido através de contratos de gestão com Organizações Sociais. Essa estratégia tem se mostrado uma alternativa viável para melhorar a gestão de unidades hospitalares e outros aparelhos de saúde pública.

 

Por quê instituir uma cultura organizacional?

As organizações não são apenas o resultado de um sistema de regras e de atividades racionalmente ordenadas, nem tampouco apenas o produto das relações de interdependência ambiental externa (ainda que essas características sejam de extrema relevância para a análise organizacional). Logo, é impossível falarmos de organização sem falarmos de cultura.

Compreender como os valores inerentes a cada pessoa interagem na organização e de que forma são construídos e reconstruídos com base na interação com os valores de outrem e daqueles que gerenciam a organização, pode ser da maior relevância no processo de condução das organizações em direção à realização de seus objetivos.

A partir disso é possível afirmar que a organização exige a prévia reunião de condições adequadas para absorção de elementos culturais novos. Entre essas condições está a permeabilidade das fronteiras organizacionais em relação a fatores externos dos mais diversos.

Nesse contexto a implementação e o desenvolvimento da cultura organizacional do IBGH, com apresentação para os colaboradores de todo o arcabouço institucional e legal relacionado ao IBGH. Este é o primeiro passo para que o colaborador se situe dentro do sistema e passe a compreender, de maneira ampla e detalhada, o papel e o valor de seu trabalho.

 

 

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