O Dia Mundial de Higienização das Mãos foi lembrado no Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH) com um treinamento a todos os colaboradores sobre como efetuar a correta desinfecção das mãos, uma atitude ainda mais importante em tempos de pandemia. O diretor técnico do IBGH, o cirurgião André Ribeiro, ministrou o treinamento a todos da equipe do Instituto.

André mostrou cada passo de como se deve higienizar as mãos – quais movimentos, posição dos braços e secagem das mãos – conforme estipulam as normas técnicas utilizadas em unidades de saúde. “As mãos talvez sejam a maior fonte de transmissão que nós temos. Lavar as mãos é mais importante do que o próprio uso de máscaras”, lembra.

Ainda conforme o cirurgião, a mão vai ao olhos, ao nariz e à boca sem que a pessoa perceba. Por isso, é muito importante lavar as mãos sempre que encontrar com outra pessoa, sair ou chegar de casa, ou mesmo ter contato com qualquer objeto. O diretor técnico repassou ainda outras orientações. “Shampoo não é antisséptico e não higieniza a ponto de nos livrarmos do vírus. O que realmente nos deixa protegido é água e sabão. Em 20 segundos se pode lavar as mãos corretamente”, pontua.

Álcool em gel para desinfecção das mãos

O álcool em gel tem sido amplamente utilizado para a desinfecção das mãos por grande parte da população, o que, em muitos locais, gerou desabastecimento e um salto nos preços do produto. André Ribeiro explicou que o álcool em gel é apenas um substituto temporário para o sabão e só deve ser usado quando não houver a possibilidade de lavar as mãos. “O que salva vidas é água, sabão, cuidado e carinho para não transmitir doenças às pessoas”, resume.

Em um ambiente administrativo, continua o cirurgião, lavar as mãos corretamente é essencial. Para quem trabalha com saúde, como no IBGH, isso se torna ainda mais fundamental. Deve-se lavar as mãos ao chegar no trabalho, ao ir ao banheiro e quando houver contato com outras pessoas e seus objetos.

Segundo André, Goiás e o Brasil estão entrando numa fase crucial na ascendência dos casos de doenças. Por isso, deve-se evitar, sobretudo nas próximas duas semanas, o contato com as outras pessoas para achatar essa curva de transmissão. “Queremos que aqueles 3% ou 4% que tiverem complicações pela COVID-19 tenham a condição de serem tratados nos hospitais”, ressalta.

Reações

Josiel Araujo é gerente financeiro do IBGH. O profissional ficou surpreso com as informações apresentadas no treinamento. “Eu achava que o álcool em gel era mais importante que lavar as mãos”, diz. Agora, garante que vai priorizar a higienização com água e sabão, mas manterá o uso do álcool em gel sempre que necessário. “A maioria da população pensa que o álcool em gel é mais importante. Por isso, todos que têm a informação correta devem ensinar seus familiares e pessoas próximas sobre como higienizar as mãos”, finaliza.

O presidente do IBGH, Eliude Bento, participou do treinamento. Ele acredita que esta é uma medida que deve ser valorizada por todos, sobretudo no atual momento da pandemia. “O apelo que fazemos é para que todos se previnam, não descumpram as orientações de saúde e tenham cuidado. Este é o melhor remédio”, conclui. Ao fim do treinamento, cada colaborador recebeu um frasco individual com álcool em gel para uso particular.

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