Em meio a pandemia da Covid-19, condutas de cuidado e empatia, são fundamentais para a recuperação do paciente.
No Centro Covid-19 zona norte, os profissionais da equipe multidisciplinar passaram a adotar um procedimento que está se tornando uma prática comum nas unidades de saúde que estão atuando no enfrentamento a pandemia. Esse procedimento é chamado de “técnica da mãozinha” ou “mãozinha do amor”. Por aqui chamamos de “mãos de afeto”.
Empenhados em proporcionar um cuidado humanizado, para reproduzir nos pacientes o calor do toque humano, aquecendo e aconchegando a mão do enfermo, a equipe médica da unidade vem empregando essa técnica.
O médico Roger Moreira, que atua no Centro Covid-19 zona norte, comenta que medidas como essas devem ser aplicadas e incentivadas. “Nossa missão é prestar um serviço de saúde sempre evoluído e humanizado, nos melhores padrões que nossas unidades estão acostumadas a entregar para a população, e em Macapá isso será aplicado em sua plenitude”.
Segundo a assistente social Ana Paula Uchoa, o procedimento é uma demonstração de carinho das equipes para com pacientes em leitos de UTI. “A técnica da mãozinha é um momento de ajudar os pacientes a se sentirem aconchegados e, que todos estão envolvidos em sua recuperação. Os pacientes devem se sentir acolhidos e amparados psicologicamente e fisicamente”, explica.
Técnica da mãozinha.
Duas luvas cirúrgicas entrelaçadas e cheias de água quente. Com esses materiais, a enfermeira carioca Lidiane Melo criou a “técnica da mãozinha”. Com essa técnica, ela leva conforto e melhora a circulação sanguínea auxiliando na medição da saturação de oxigênio a chamada perfusão, nos pacientes graves acometidos pela Covid-19. De fato, a técnica melhora a circulação sanguínea nas extremidades do corpo. Mas não é apenas isso. Ela traz conforto psicológico e ajuda a acalmar os pacientes que se sentem sozinhos em um leito de UTI.
É uma medida simples, mas que traz o sentimento de carinho e empatia com os pacientes que estão em uma situação de sedação e intubação.