A campanha nacional do Setembro Amarelo trata de um assunto delicado, mas que precisa ser conversado, o suicídio. Com sensibilidade, o Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH) debateu o assunto com os colaboradores da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e Hospital Municipal de Araguaína (HMA).

No último dia 18, os colaboradores da UPA participaram da palestra do estudante de psicologia, Carlos Iram. No dia 20, foi a vez da equipe do HMA debater o assunto com a psicóloga Ivana de Moura. As duas palestras trataram os mesmos pontos, discussão sobre a prevenção, identificação dos sintomas e comportamentos. Além de maneiras de como tratar o suicídio de forma sensível para ajudar o paciente da melhor forma possível.

O Núcleo de Educação Permanente (NEP) do HMA aproveitou a mobilização e levou mensagens motivacionais a todos os colaboradores. As responsáveis pelo NEP, Síntia Barros, e pelo RH, Elisângela Rocha, também convidaram os profissionais a usarem o laço amarelo.

 

Não ignore o problema

A coordenadora administrativa da UPA, Sivanilda Mariano, chamou a atenção para as altas taxas de suicídio no mundo e no Brasil. “A cada 40 segundos uma pessoa se mata no mundo. Só no Brasil são 32 pessoas todos os dias. Escutamos falar muito pouco a respeito desse assunto, mas não deveria ser assim, temos que conversar bastante sobre isso e conscientizar todo mundo”, enfatizou a coordenadora.

Aline Rodrigues é recepcionista no HMA e entendeu que fugir do assunto não é a melhor solução. “O que aprendi hoje vai me ajudar a acolher mais os pacientes, entender melhor o que estão passando e ajudá-los ainda mais”, disse.

Segundo a psicóloga Ivana de Moura, falar abertamente e profundamente sobre o suicídio é permitido, sim. “A partir do momento que sensibilizamos as pessoas para a dor e sofrimento dos outros, estaremos mudando o comportamento daqueles que acham que o melhor a se fazer é julgar e criticar. Na verdade, deveríamos ter uma postura de acolhimento e ajuda”, explicou.

Os pacientes em espera no HMA também receberam palavras de apoio e orientação por meio de um grupo de voluntários da Igreja Batista de Araguaína.

 

Fotos: João Neto

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